Graça e Dignidade nos Deveres Diários
Meditação Matinal de Ellen White – Nos Lugares Celestiais, 1968.
26 de fevereiro – Pag. 63 – Graça e Dignidade nos Deveres Diários
O Seu falar é muitíssimo suave; sim, Ele é totalmente desejável. Cantares 5:16.
Estudai a vida que Cristo viveu quando na Terra. Não negligenciou o menor e mais simples dever. A perfeição assinalava tudo que fazia. Buscai dEle auxílio, e sereis habilitados a cumprir vossos deveres diários com a graça e dignidade de quem busca a coroa da vida imortal.
Nós demoramos muito na grandeza da vida de Cristo. Falamos das grandes obras que realizou, dos milagres que operou, de como impôs a paz às águas agitadas, restaurou a vista aos cegos e o ouvido aos surdos e fez ressurgir para a vida os mortos. Mas Sua atenção às coisas pequeninas é ainda mais alta prova de Sua grandeza. Escutai-O a falar a Marta, quando ela vai ter com Ele, com o pedido de que mande a irmã ajudá-la no serviço. Diz-lhe Ele que não permita que os cuidados de casa lhe perturbem a paz de espírito. “Marta, Marta”, diz Ele, “estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada” (Lucas 10:41 e 42).
Escutai as palavras que pronunciou quando cansadas mães Lhe levaram os filhos para que os abençoasse. Os discípulos, não querendo que seu Mestre fosse perturbado, estavam despedindo as mulheres, mas Cristo disse: “Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos 10:14). E tomando-os nos braços, abençoou-os. Se o futuro daquelas crianças nos pudesse ser revelado, veríamos as mães recordando-lhes à mente as cenas daquele dia, e repetindo as amoráveis palavras do Salvador. Veríamos, também, quantas vezes, nos anos posteriores, a lembrança daquelas palavras guardou as crianças de se extraviar do caminho feito para os remidos do Senhor. … Esse mesmo Jesus é vosso Salvador. Review and Herald, 7 de abril de 1904.
A divina beleza do caráter de Cristo, de quem o mais nobre e mais suave entre os homens não é senão um pálido reflexo; de quem Salomão, pelo Espírito de inspiração escreveu: “Ele traz a bandeira entre dez mil. … Sim, Ele é totalmente desejável” (Cantares 5:10 e 16); … o abnegado Redentor, através de Sua peregrinação de amor na Terra, foi uma viva representação do caráter da lei de Deus. O Maior Discurso de Cristo, pág. 49.